PÁGINAS

quarta-feira, 8 de julho de 2009

GARÇA

Em uma viajem a Belém-Pará, fui a Estação das Docas e fui presenteada com essa imagem, como uma fotógrafa "fominha" que sou saquei "Maria Olympia" do bolso e registrei. Coloquei abaixo mais umas informações sobre a ave.

As garças se distinguem das cegonhas por voarem com o pescoço encolhido e terem pó na plumagem. A angulação de seu pescoço em S deve-se à estrutura da coluna vertebral e a um tendão que funciona como mola para colocá-lo em tal posição. O pó da plumagem, produzido por penas situadas no peito e nos lados do corpo, tem por função torná-la mais flexível.
Ave pernalta da ordem dos ciconiformes, de pescoço longo e fino, dedos e bico muito compridos, a garça pertence à família dos ardeídeos, com cerca de trinta gêneros e sessenta espécies disseminadas por todo o mundo, exceto nas regiões muito frias. Vive em geral perto d"água e alimenta-se de peixes, anfíbios, moluscos, artrópodes, vermes e insetos. Captura as presas vadeando lentamente ou assumindo atitudes estáticas antes de dar bicadas repentinas.
Com 1,25m de comprimento, 1,80m de envergadura e 3,2kg de peso, o socó-grande, joão-grande ou maguari (Ardea cocoi) é a maior das garças brasileiras. De colorido em diversos tons de cinza, pescoço branco, cabeça e penacho da nuca pretos, ocorre em todo o país e é parecida com a garça-real da Europa (A. inerea). Mais conhecidas são porém a garça-branca-grande (Casmerodius albus) e a garça-branca-pequena (Egretta thula), ambas de plumagem inteiramente branca, bico e dedos amarelos. A garça-azul ou garça-morena (Florida caerulea) tem plumagem ardósia que se tinge de violáceo no pescoço e cabeça, mas seus filhotes são brancos e só com um ano de idade tornam-se iguais aos pais. Outras espécies de ocorrência já registrada no Brasil são a garça-da-mata ou socó-beija-flor (Agamia agami), a garça-vaqueira (Bubulcus ibis) e o socozinho ou socó-estudante (Butorides striatus).
As garças fazem ninho sobre arbustos ou árvores, às vezes a dez ou vinte metros de altura, em brejos, ilhas, campos inundáveis ou manguezais. Associam-se freqüentemente em colônias, onde cada espécie ocupa uma dada área. Múltiplas cerimônias pré-nupciais marcam o encontro dos casais. Os ovos, quatro ou cinco por postura, são esverdeados ou verde-azulados. O período de incubação, nas duas garças brancas, é de 25 a 26 dias.

Na época da reprodução, aparecem no dorso dos indivíduos de ambos os sexos as egretas, penas delicadas que se eriçam durante a dança nupcial. Tais penas, por despertarem a cobiça de comerciantes, foram a causa da matança de milhares de garças. No final do período reprodutivo as egretas ficam bem desgastadas e são substituídas por penas de cobertura normais. A. alba, assim como outros ardeídos, possui a penugem de pó concentrada no peito e na região uropigiana. Esta penugem é representada por penas que crescem continuamente e que se desintegram em pó azulado; este é espelhado pelo bico na plumagem da ave e absorve as suas impurezas. Com auxílio da unha do dedo médio do pé, transformada em pente, a ave promove a limpeza da plumagem. Como as outras garças e socós, A. alba voa com o pescoço encolhido e as pernas estendidas.
Nidificação: os ninhos e os ovos assemelham-se aos de Egretta thula, porém, com diâmetros maiores. Assemelham-se também os períodos de incubação e de alimentação dos filhotes. Juntamente com outras espécies de ardeídeos, além de colhereiros, cabeças-secas e biguás, as garças podem formar ninhais muito numerosos na época reprodutiva.

Hábitat: borda de lagos, rios e banhados.

Tamanho: 75,0 cm.

Fontes: USP

http://www.biomania.com.br

http://www.ambientebrasil.com.br