PÁGINAS

terça-feira, 18 de agosto de 2009

TATURANA



Estávamos eu e Nelma visitando uma amiga em seu sítio, aqui mesmo no Pará, quando escutamos uns gritos desesperados, corremos até ela, era uma colônia dessas lagartas, não titubeei, peguei a câmera e registrei as "bichinhas". Confesso foi a primeira vez que vi uma colônia tão numerosa, fiquei encantada com a oportunidade. Porém ao chegar em casa, corri para o "VITÓRIO" meu PC, para saber mais a respeito delas e o encanto virou susto e pânico. Acompanhe abaixo o que descobri.
Segundo Marlene Zannin, professora de Toxicologia e coordenadora do CIT (Centro de Informações Toxicológicas) de Santa Catarina, órgão vinculado à diretoria de Vigilância Sanitária do Estado. Ela afirma que quem tiver contato com o animal deve procurar atendimento médico imediato. “Quem encosta numa lagarta tem que procurar assistência nas primeiras horas e, de preferência, levar uma amostra do animal para análise”. Os centros de toxicologia dos hospitais são os mais indicados para orientarem a população sobre o que fazer caso novas taturanas sejam localizadas.
“É muito preocupante encontrar tantas lagartas em uma árvore no quintal, muito próximo da varanda da casa”, diz a professora. “Qualquer familiar poderia ter encostado nestas lagartas ou até os animais domésticos e o contato poderia resultar no envenenamento”
Chamada de Lonomia obliqua e também conhecidas popularmente como taturana assassina, a espécie chega a ter 8 centímetros de comprimento quando adulta e se caracteriza por possuir grandes espinhos verdes pelo corpo, em forma de pinheiro, e de viver em grupos alojadas em árvores. Nos espinhos, está o veneno, que chega a ser mais letal do que o de uma cobra jararaca.
Em contato com os seres humanos, a taturana libera o veneno que influencia na coagulação do sangue, provocando hemorragias, náuseas e até mesmo um quadro grave de insuficiência renal crônica. “O veneno ativa a coagulação do sangue, consome rapidamente as proteínas resultando numa incoagulabilidade sangüínea”, destaca Zannin. “O paciente, horas depois, começa apresentar hemorragias graves e insuficiência renal aguda.”
Cada mariposa coloca em média 70 ovos nas folhas das árvores e após cerca de 15 dias nascem de 60 a 70 lagartas. A proliferação é grande e o risco também: durante o dia elas ficam agregadas no tronco das árvores, mimetizam o tronco da árvore, o que dificulta a sua visualização”, revela Marlene.
Antes que eu esqueça, graças a Deus ninguém no sítio foi vítima delas.
Fontes:
http://www.unifesp.br/comunicacao/jpta/ed144/pesqui4.htm
http://ecoamigos.wordpress.com