Um dos tesouros da Amazônia, a Potamotrygon leopoldi,
também conhecida como "arraia negra", segundo o Prof. Dr. Marcos Brabo, da
Universidade Federal do Pará - Campus de Bragança, é uma espécie de
arraia de água doce que integra a ordem Myliobatiformes e a família
Potamotrygonidae, sendo conhecida vulgarmente como arraia negra ou arraia Xingu.
Esse peixe é endêmico da região hidrográfica do Xingu, com distribuição nos
rios Xingu, Curuá, Iriri e Fresco no estado do Pará. Pode alcançar mais de um
metro de comprimento total e pesar até 17 kg. A primeira maturação sexual
ocorre quando os indivíduos apresentam entre 30 e 40 centímetros, tendo prole
de 4 a 12 filhotes. Possui maior atividade no período noturno e hábito
alimentar carnívoro, com preferência por invertebrados bentônicos. Seu corpo
tem a região dorsal na cor preta com manchas brancas, inclusive na cauda,
característica que lhe confere um relevante valor comercial no mercado da
aquariofilia. A grande demanda por essa arraia fez com que a sua pesca passasse
a ser controlada por órgãos ambientais, por meio do estabelecimento de cotas de
captura. Porém, a maior ameaça para essa espécie é a degradação de seu habitat
promovida pela construção de usinas hidrelétricas, expansão da exploração
madeireira e crescimento desordenado da agropecuária.
Então fiquemos alerta para que essa espécie não vire apenas
uma exótica lembrança. Essas fotos foram feitas no aquário do Museu Emílio Goeldi - Belém - Pará - Brasil.